domingo, 30 de outubro de 2011

Morte

Em dado momento da vida de cada um de nós, a pessoa começa a se relacionar na sociedade de forma diferente... Aos poucos ela percebe que uma tristeza latente fica estacionada em sua alma durante um período excessivamente longo... Logo, as mágoas, o rancor e o sentimento de derrotado passa a se instaurar no dia-a-dia do indivíduo, desde quando ele acorda até quando dorme.

É nesse momento que surge a depressão e outros distúrbios mentais chatinhos (toc, fobias, síndromes, etc). Então do nada o depressivo vê na morte uma válvula de escape e solução para todos os problemas, a ideia parece fantástica, mas ainda lhe falta propulsão para agir. É a fase do pedido de socorro, ele começa a anunciar suas mais ousadas ideias. É repreendido. Conta para o psiquiatra, que lhe prescreve antipsicóticos fortíssimos, tipo Rivotril, do qual já usei e abusei...

Daí vêm a terceira fase, que é a que considero a derradeira, da verdadeira escolha. O depressivo (e agora já potencialmente suicida) já não fala nem anuncia mais nada. Impera o silêncio. Ele começa a ver a morte como algo absolutamente indiferente ou até com certa beleza. Para as pessoas externas parece que a situação está controlado. Ele até chega a mentir, dizer que está ótimo, feliz e que nada lhe incomoda. O indivíduo é capaz de fazer coisas que parecem que ele teria voltado à sã "realidade" ou à normalidade. O sujeito não teme mais nada, não faz alarde e passa a ser indiferente a tudo que existe no universo, é como se houvesse um apocalipse existencial em sua mente.

Finalmente, chega o dia do ato final e certo, que não comporta erros. Pra quem já leu a literatura médica sobre suicídios, percebe que quase todos que são cometidos não são precedidos de aviso, todos ficam espantados e surpresos com o ato, e o suicida, não raro, deixa uma mensagem totalmente lúcida, coerente, sã, passando a mensagem de que o ato foi bem pensado e racional. E assim continua o ciclo da vida, como sempre foi e sempre será.

sábado, 29 de outubro de 2011

Mais uma vez voltei atrás x(

É...
Outra vez não cumpri minha palavra... Voltei atrás.
Jamais perdoarei o que me causaram. Ninguém foi nem será perdoado. Nem hoje, nem amanhã, nunca, nunca e nunca!
Tudo não passa de uma trégua por tempo indeterminado.
Mas não vou ficar parado durante essa trégua... Conquistei, estou conquistando e conquistarei tudo que for preciso para responder assimétricamente a qualquer tipo de palhaçada, ou para quando eu me enraivar e precisar descontar minha raiva.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Finalmente...

Resmungava bastante sobre ter sido derrubado de uma imensa altura em um abismo profundo. Demorei para rastejar, escalar e chegar a borda desse inferno real. Cheguei a acreditar que seria um loser [perdedor] pra sempre. Aceitei tal destino.

O pessimismo, a angústia, o rancor e a mágoa me moveram e trouxeram ótimas idéias...Mas sempre as pessoas me julgavam dizendo que não compensa se vingar ou que não devo fazer nada.

Haha. Até parece.

Seja la quem for...Seja la o que façam... Vai ficar marcado. Não importa quem seja, se pisou em minhas costas, não perdoo em hipótese nenhuma e nada, absolutamente NADA me impede de eu retrucar uma vez, duas, três, quantas forem necessárias para satisfazer meu ego, e minha sede de vingança.

E costumo ser bem progressivo nesses casos... Meu primeiro ataque é leve... Conforme o passar do tempo ele se repete e vai piorando, até eu mudar a forma de atacar para algo bem prejudicial aos que arrancaram minhas asas,

Ninguém derruba meus castelos de areia e fica em paz.

Estou muito feliz... É como se portas tivessem se aberto. Agora eu vejo a luz.

Vou me livrar de um enorme peso, de uma enorme mágoa, estou arrancando os pregos enferrujados de meus braços para sair dessa cruz e arrancar a coroa que fere minha alma.

=)

domingo, 16 de outubro de 2011

Doce lar

Mais um ano perdido
Nesses dois anos de agonia
Mais lágrimas em vão
Menos palavras para descrever
Sorrisos mortos e olhares falsos
Não escondem o que vive dentro
E a esperança ainda existe
Mas meus sonhos não
Dizem que perdi a razão

Eu sinto que não estou aqui
Sumindo aos poucos, me afogando
Em minhas próprias e solitárias magoas

Lar, doce lar

sábado, 8 de outubro de 2011

11/04/1992

Se eu pudesse voltar no tempo e alterar a história cruel
E mágoas tão profundas que nem sei...
Se um dia vou me livrar, pois eu não consigo esquecer
De tudo que me fizeram por maldade
E todas as vezes em que me pregaram em cruzes e pregos enferrujados
Rasgaram minha pele sem compaixão
Arrancando de meu peito o que é mais precioso
Destruindo minha vida lentamente

Se eu implorasse para esquecer
Será que adiantaria alguma coisa?
Se mesmo fingindo que esta tudo bem,
Estampando a falsidade em meu rosto,
Escondendo lágrimas em sorrisos
Enquanto me torturo com memórias
De todas as vezes em que me pregaram em cruzes e pregos enferrujados
Rasgaram minha pele sem compaixão
Arrancando de meu peito o que é mais precioso
Destruindo minha vida lentamente

E se eu disser que eu tentei correr?
E que pisei em abismos que não queria,
Que nunca desejei ter conhecido
E a dor me arranca a vida dia a dia
E a dor me arranca a vida dia a dia

Dia a dia.

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