quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Vingança

apagado dos corações de todos que tinha como companhia,
vagando por aí, como uma alma penada,
gritando para um mundo que não ouve,
como se não existisse mais,
não percebe que seu tempo já passou,
e o sonho que restou já não tem mais valor,
então abandone o que restou de humano em sí,
e cuspa ao mar de gente viva o sangue frio,
fruto do ódio. semeado pelas derrotas
de alguém que tinha sonhos, e caiu.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

2018


mal começou, e eu já nem sei mais se valeu a pena ter chegado até aqui,
ferido por espinhos, sangrando e em torpor.
sob o sal grosso, eu sigo engatinhando,
mas cada passo machuca.
a cada metro,  incandescentes memórias,
ardendo na mais terrível solidão
de quem não tem mais do que a si,
de quem não sabe mais quando partir para longe de seu próprio submundo,
vazio e escuro.

sem enxergar saídas, jurei cavar com as próprias mãos o mais fundo possível,
na esperança de chegar ao outro lado,
mas, no final, não percebi que isso não era nada mais que andar em círculos.

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