sempre se afogando nas memórias do passado,
sempre temendo o futuro e as incertezas,
nunca esperou por nada, nem mesmo sobreviver,
e cada vez que se levanta da cama então se pergunta o "por que?"
como chegou até aqui? será que ainda há algo para si?
por que não acabar com tudo e buscar o inefável oblívio?
se o rancor já morreu, e o ódio já se despediu...
então o que restou de intenso?
se a alegria ainda vem nos pequenos momentos,
pequenos momentos são tão pequenos
quanto tudo que viveu, quanto tudo que já perdeu,
e nada... nada muda o que já se foi.
sempre escondendo a dor, sempre constrangedor,
sempre fugindo não doer,
é mais um fraco a contar os fracassos acumulados.
Minha vida é um quadro preto e branco, com rabiscos sem formas a serem apagados por lágrimas.