finjo não lembrar de muito,
de tudo aquilo que excruciantemente esmaga o peito,
pois não foram poucas as vezes em que me senti injustiçado.
de fato, no fundo eu lembro de cada dor forçada em meu ser,
e mesmo tentando esconder do âmago,
confronto-as em uma luta de inalcançável vitória...
é tanta dor que meus horizontes não enxergo mais,
e o torpor diz que o zelo não importa tanto assim.
a cada passo,
cada vez mais próximo,
a cada dia,
uma memória castiga feito lâmina.
no fundo, não faz o menor sentido esperar, nem me ancorar neste mar de detestáveis miragens.
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