terça-feira, 1 de março de 2011

O Poeta Caído #4: Evitar.



Um poeta...
Sentado em um banco de praça, sózinho, em plena manhã fria no centro de São Paulo.
Ele reflete profundamente.Diriam que ele está é viajando na maionese.
O poeta parece encomodado.
Uma pequeno grupo de jovens em um banco próximo ao dele percebe que há algo de errado com aquele que está sentado, afastado das pequenas mesas de pedra onde é possível enchergar algo além do vázio que seus olhos refletem.
Dois jovens (um garoto, e uma garota) do grupo vão até o poeta isolado, e o perguntam: "Ei, tudo bem?", e o poeta dá um sorriso falso, tentando os enganar, como resposta.Logo depois o casal se apresenta como  "Janaína" e "João", e perguntam o teu nome.
Ele diz não saber o próprio nome, diz o ter esquecido.
Mentira.
Ele sabe o próprio nome, mas não quer cita-lo.
Não acredita em alguém merecedor de ouvi-lo.
Os amigos do casal vão até a mesa onde está o poeta e o casal.Tentam se enturmar.
O poeta, com um sorriso sinico no rosto, evita imediatamente de falar, põe a mão no bolso, retira uma folha de caderno amassada, e a joga em cima da mesa, partindo ainda sem dizer uma palavra.

O poeta não quer contato.
Não liga se alguém leu ou lerá a droga do poema sobre amizade que um dia tivera escrito.

Um poeta...
Cansado.
Que vai descansar.

Um comentário:

  1. Olá nós do blog Madness agradecemos pela visita, já estamos te seguindo também.

    Um poema um tanto realista, eu conheço uma pessoa parecido com esse poeta que é mais na dele, que não se enturma e quando se enturma fica mais calado.


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