segunda-feira, 7 de março de 2011

O Poeta Caído #5: A Estrela da Manhã



Um poeta...
Ele sonha alto, muito alto.
Sonha tão alto que quando acorda sente como se tivesse tomado um belo tombo.
Existe um ditado que diz: "Quanto mais alto, maior o tombo.".
Assim o Poeta se sente, afinal ele já é um Poeta Caído, ter que suportar mais quedas não é nada divertido.
O Poeta esconde seus verdadeiros sonhos.
A alguns tais sonhos podem parecer bobos por tamanha inocência e esperança depositada neles.
A outros parece algo vindo de uma criança que apenas quer coisas boas.
O Poeta várias vezes esconde em seu olhar, e em sorrisos que não parecem irônicos, o que sente de verdade em relação ao lugar em que se encontra, e em relação aos seres sem asas que ele  vê a todo instante.
Os Seres sem Asas não tem coração.
Os Seres sem Asas são incapazes de reconhecer o que o Poeta Caído sente.
Pobres coitados.
Não tem a mínima idéia do que o Poeta Caído faria com todos eles.
Pobres coitados.
Asas.
O Poeta Caído teve suas asas rasgadas...
Mas...
Elas estão nascendo de novo.
Cortam as asas dele por terem conhecimento que ele vai tentar voar quando estiver pronto.
Dizem que ele não está pronto.
Prontidão...
Ele sabe muito bem o que é prontidão.
A impaciencia o consome enquanto o ódio súbito ameaça se tornar combústivel para seus desejos,
Quais são os seus desejos?
O Poeta Caído se sente como a Estrela da Manhã.
Ele finalmente compreende a Estrela da Manhã.
Segue sem direção então em busca de sua própria calma.

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