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Sobras raras de emoção
Um futuro testamento virtual. Coleção de desabafos, devaneios e poemas de @devoidvessel
quinta-feira, 3 de julho de 2025
sexta-feira, 27 de junho de 2025
Fim de Outono
um Outono em que imaginava não estar mais aqui,
mas cá estou,
zonzo, sem forças,
sabendo que não vale mais a pena continuar.
mais uma estação em que os dias correram,
e eu não vi escorrer a areia da ampulheta.
hoje, sonho em chorar,
chorar como chorei nos dias em que não havia ninguém,
nem nada além de pungente desespero.
mais uma vez, posso dizer:
continuo aqui a arder.
sexta-feira, 23 de maio de 2025
Perto
quarta-feira, 21 de maio de 2025
Asco
segunda-feira, 12 de maio de 2025
Maio
domingo, 20 de abril de 2025
(Des)temor
terça-feira, 15 de abril de 2025
Ampulheta
quinta-feira, 10 de abril de 2025
Eu preciso desabafar.
Eu estou um completo caco, sabe? Ao longo de todo esse tempo, não foram poucas as vezes em que cheguei ao limite — e sempre voltei dele —, tendo passado por diversos altos e baixos, tendo visto o abismo como enxergo a ponta do meu nariz por entre os olhos. Desde 2023, minha saúde mental vem piorando gradualmente, de pouquinho em pouquinho, com um rápido declínio a partir de outubro de 2024. Eu também não me ajudei, mantendo comportamentos erráticos, impulsivos, obsessivos e autodestrutivos. Minha cabeça está tão fora do lugar que eu acredito — estou convicto — de que é impossível me recuperar, pois já cruzei praticamente todas as linhas vermelhas do que é aceitável para continuar lutando.
Crises intensas de borderline, crises de hipomania e depressão da bipolaridade, a falta de perspectiva e a incapacidade de ter objetivos ou sonhos têm me machucado bastante — estou estraçalhado, no chão, e meus demônios interiores continuam a me torturar.
Neste declínio, percebo que estou me tornando uma pessoa cada vez menos capaz de viver em sociedade, pois já não suporto mais minhas emoções, já falho em lidar com as coisas da vida de forma saudável.
Acordo me perguntando o porquê de ainda estar aqui, e ao longo do dia vivo me repetindo: "Eu não vou conseguir..." Tento me apegar às coisas de que gosto, mas elas já não são mais suficientes. Ao longo do dia, minha mente simplesmente desliga, porque eu não quero ter que lidar com toda essa dor.
Sinto-me como um trem em alta velocidade, prestes a colidir com uma parede e descarrilar.
Tenho vivido um intenso desespero, do qual não consigo alívio. O desespero tem sido tão grande que, em certos momentos, implorei por um milagre, por compaixão de alguma divindade ou força que venha a existir — que creio não existir —, mas que gostaria que existisse. O mundo é um lugar injusto demais, e dói demais pensar que tudo isso é apenas isso: tudo em vão.
Estou a um inverno de finalmente desistir, caso as coisas dentro da minha cabeça não se acalmem. E se eu desistir, não foi por culpa de ninguém. No fim das contas, somos todos frutos das circunstâncias e de fatores que não temos qualquer controle, onde, no máximo, temos a ilusão de que há alguma liberdade de ação — quando, na verdade, não há.
quarta-feira, 2 de abril de 2025
Abril
terça-feira, 1 de abril de 2025
batalha perdida
segunda-feira, 3 de março de 2025
Àquele Lugar
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025
Sem Fôlego
domingo, 23 de fevereiro de 2025
O Início da Última Temporada
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025
Recipiente Vazio
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025
Adicto em Declínio
quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
Documentando #1: microdosagem de cogumelos mágicos
Depois de 15 anos entre idas e vindas em tratamentos para borderline e bipolaridade, com terapias e diversas medicações sem sucesso, hoje decidi, por iniciativa própria, iniciar um tratamento com microdosagem de cogumelos mágicos (Psilocybe cubensis).
Faz anos que acompanho pesquisas sobre essa alternativa, que tem se mostrado promissora (ao ponto de ter sido recentemente legalizada para uso medicinal na Austrália). Como tenho vasta experiência com o fungo, por que não usá-lo de maneira medicinal?
Estou utilizando um comprimido por dia, contendo 100 miligramas de cogumelos triturados. Neste blog, farei um breve relatório diário. Após 30 dias, analisarei os aspectos positivos e negativos e decidirei se continuarei ou não com o tratamento.
domingo, 5 de janeiro de 2025
(Deso)lamento
quarta-feira, 1 de janeiro de 2025
Resignação
terça-feira, 31 de dezembro de 2024
Desventura
segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
Perdição
Engolido por frustração e medo, a energia negativa transborda, e
quanto mais penso sobre o mundo, aumenta exponencialmente a minha vontade de desistir.
As coisas dentro da minha cabeça não têm sido fáceis; já não suporto este peso que há tanto carrego,
e, fora da minha cabeça, a vida também não tem sido complacente.
Estou cada vez mais exausto e sem um pingo de esperança,
alcançando limites antes definidos como minhas derradeiras linhas vermelhas.
Está tudo tão diferente,
não me reconheço mais, não reconheço o que me cerca,
segunda-feira, 2 de dezembro de 2024
Círculos
Da aceitação do futuro
sábado, 30 de novembro de 2024
Teto
domingo, 24 de novembro de 2024
Real
sexta-feira, 8 de novembro de 2024
Chamas
sexta-feira, 25 de outubro de 2024
Olvido
quinta-feira, 9 de maio de 2024
Murmúrios solitários de um marinheiro perdido em alto mar
sábado, 6 de abril de 2024
Saudades de mim, esperança.
domingo, 10 de março de 2024
Relógio
sábado, 30 de dezembro de 2023
Contagem regressiva
quinta-feira, 10 de agosto de 2023
Reconhecimento
domingo, 16 de julho de 2023
Aurora
fazer tudo ser como era antes,
mas eu sabia que iria falhar, mas mesmo assim tentei,
disse tudo que eu sentia,
disse tudo que temia,
os pesadelos em que eu vi
tudo que iria acontecer,
o monstro debaixo da cama é tão real,
e ele me impede de gritar,
ansioso sempre pelo que está por vir,
mas o que está por vir senão viver sem você aqui?
vazio ou inundação,
estou perdido, e as estrelas não mostram direção
não há mais salvação,
me afogo no sangue dos cortes,
sem poder negar, gritar: "não!"
sábado, 15 de julho de 2023
Poslúdio
sábado, 3 de junho de 2023
A medíocre história do princípio ao seu final
sexta-feira, 26 de maio de 2023
Escuro
quarta-feira, 17 de maio de 2023
Em vão
tudo vai acabar,
nada valeu,
o tempo se perdeu,
o sucesso nunca foi seu destino.
tanto sangue derramado,
tantas lágrimas choradas,
tantos dias gastos em tolices,
arrependimentos não curarão a gangrena que se formou.
se âncoras com correntes quebradas de nada servem e me fariam afundar, por que mesmo assim fui tolo de atirá-las ao mar?
terça-feira, 16 de maio de 2023
Comer e dormir
sábado, 13 de maio de 2023
Pequeno
quarta-feira, 10 de maio de 2023
saudade, Pepe Linarez
segunda-feira, 8 de maio de 2023
Fracasso
segunda-feira, 1 de maio de 2023
Mármore
sábado, 29 de abril de 2023
Sonho distante
quarta-feira, 26 de abril de 2023
Decisão
Nitrito de sódio
sábado, 22 de abril de 2023
Fogo
quinta-feira, 20 de abril de 2023
Sono
domingo, 16 de abril de 2023
Imigrante ilegal
sábado, 15 de abril de 2023
Tortura em Guantánamo
Desde a adolescência, acreditava que não passaria dos 27 anos de idade, mas, poucos dias atrás, completei 31 anos — mais uma vez tomado por crises existenciais terríveis. De fato, mesmo nunca acreditando, sempre tive a ingênua esperança de que as coisas pudessem melhorar com o passar do tempo.
Com o passar do tempo, as coisas foram ficando cada vez mais assustadoras. Ainda que eu tenha me habituado ao sofrimento, dói demais parar e analisar o abismo em que me encontro. Há quem pense que eu fetichizo a tristeza e romantizo a desgraça, mas, honestamente, eu faria qualquer coisa para que as coisas fossem diferentes... Certamente, eu já fiz de tudo, sem nenhum sucesso...
Já disse dezenas de vezes: a minha simples existência é um fardo — não só para minha própria pessoa, pois sempre é cuspido em minha cara o quanto existir sendo eu, por si só, é algo extremamente tóxico, um grande erro do acaso. Sou como um vírus perigosíssimo, mesmo sem querer ser assim.
Às vezes, tenho alguns momentos de paz. Muitas vezes, neles me iludo e me afogo, esquecendo que não deveria “ser”, que não deveria estar aqui, e que sou uma falha — a personificação da desgraça. Quando a ficha cai e recordo minha real natureza, uma dor excruciante toma conta do meu ser, fazendo-me sentir como se estivesse em uma tortura em Guantánamo.
Eu estou cansado. Exausto de todo esse ciclo de sofrimento, onde todas as alegrias não são mais do que pequenezas que não fazem a existência valer a pena.
Até quando?
sábado, 8 de abril de 2023
Ante Oblívio I
quinta-feira, 6 de abril de 2023
Dissolução
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Consciencia e conhecimento são ótimos presentes que nos foram dados. É algo que deveriamos agradecer todos os dias por ter... Porque um di...
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